Clara ficou curiosíssima! Como as cores eram feitas? Nunca tinha pensado nisso. Ficou quebrando a cabeça durante todo o recreio, e não conseguia imaginar de onde vinham as cores. Viu Vinícius do outro do refeitório e foi até lá perguntar se ele sabia de alguma coisa.
Vinícius, você sabe como as cores são feitas?
Qual cor?
Por que, faz diferença?
Faz, ué. O azul, por exemplo, cai do céu!
Cai do céu?
É, o azul fai descendo pelo cantinho do céu até preencher todas as coisas azuis. Começa pelo mar, daí vai para...
Não é assim, Vinícius!
Claro que é!
Não é, não! Como que o azul ia cair do céu para colorir meu vestidinho listrado, ou a roupinha da minha boneca, ou a língua do cachorro da Rayssa? Você não sabe de nada!
Vinícius não teve tempo de dizer que sabia, sim, de muita coisa, porque a professora os chamou para irem ao pátio, fazer a festa das cores.
Ao chegarem ao pátio, as crianças viram uma mesa enorme cheia de tintas. No chão, pilhas de papel branco. A professora começou.
Crianças, hoje teremos uma tarefa bem legal. Vamos descobrir como fazer cores!
Vinícius não se conteve. Sussurrou para a amiga: 'Clarinha, agora você vai ver que estou certo!' Mas ela nem ouviu. Estava hipnotizada pelos potes coloridos de tinta. A professora começou a lição:
Turma, atenção. Estas são as três cores primárias: azul, amarelo e vermelho. Vocês conhecem bem estas cores?
Sim! - a turma respondeu em conjunto.
Agora, vejam. Com estas três cores formamos outras três, que são as cores secundárias.
A professora continuou a lição, falando que se o vermelho e o amarelo se juntam formam o laranja, e que a soma do azul e do amarelo dá o verde, e falou da ausência e da soma de todas as cores e falou mais uma porção de coisas. Clara quase não prestava atenção às palavras, tamanho era o seu fascínio pelas tintas. Na hora em que a professora anunciou que eles poderiam pegar uma folha de papel e começar a fazer suas próprias misturas de cores, Clarinha não coube em si de tanta felicidade! Correu para pegar uma folha e num zás-trás estava se lambuzando com as tintas.
Clara gostou tanto da tarefa que resolveu repeti-la. Não uma, mas milhares de vezes! E, de tanto repetir, acabou sabendo como criar novas e lindas cores. A professora não sabia, nem teria como saber. Mas, naquele dia, naquela aula diferente, ela estava criando uma artista. Que cresceu para encantar o mundo com a beleza e a emoção de seus quadros!
1 comentários:
Clara que nome lindo!!!! Realmentehistorinha feita práela combinou bem!!! bjs
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