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Um dia para esquecer...

Gente, não tinha como postar a minha historinha do dia sem antes mencionar os acontecimentos de ontem. Todos assistimos,
estarrecidos, às imagens de um rapaz de 23 anos que matou, a sangue frio, 12 crianças antes de tirar a própria vida. Não vou entrar no mérito de se ele era ou não um psicopata - acho que está bem claro que quem faz isso não pode regular muito bem, né? - se tinha ou não usado drogas, se tinha ou não sofrido bullying quando era estudante. O fato é que outras pessoas usam drogas, podem perder o controle, mas nunca tínhamos vivenciado um caso assim, aqui no Rio, antes. Várias crianças e adolescentes sofrem bullying em suas escolas, e também não os vemos atirando em crianças como forma de retaliação. Certamente, se ele foi capaz de tal ato, é porque um conjunto de fatores o levou a isso. E alguns destes fatores podem ser evitados.

Como? Bom, o primeiro dele parte de nós, pais. Devemos estar atentos o tempo todo ao que acontece com nossos filhos. Mudança de comportamento brusca? Será que é só a pré-adolescência ou será que seu filho está se envolvendo com drogas? Seu filho inventa desculpas para não ir à escola? Será que ele apenas quer passar o dia brincando ou está sendo vítimas de chacota entre os colegas de classe? Para saber isso, só há uma forma: conversando! Hoje em dia são tantas teorias que nos perdemos tentando acertar. Mas algumas coisinhas fundamentais não podemos nunca esquecer. A primeira delas, que todos devemos adotar, é lembrar que criança precisa de limites. Não é castigo, não é punição. É uma forma de amar. Você deixaria seu filho enfiar o dedo na tomada? Não, não é verdade? Isto é uma imposição do adulto. A criança vai fazer birra, e os pais, ainda assim, dirão não. Por que? Porque é para o bem delas! Criança tem que ouvir não. Tem que saber que não, não pode enfiar o dedo na tomada. Não, não pode tomar um pouco da bebida do papai (ou da mamãe, ou de quem na família jantar tomando vinho...). Não, não pode tomar o sol do meio-dia sem protetor solar. Não, não pode experimentar um cigarro (não deveria poder nunca, mas certamente não pode aos 8 anos de idade). Não, não pode debochar do coleguinha na escola. E por aí vai.

A segunda coisa básica, é premissa e consequência da primeira. Tem que haver diálogo entre pais e filhos. Acredite, se você não perguntar, seu filho não irá responder. Então, pergunte. Não é para fazer interrogatório, mas é para conversar, interagir, saber o que está acontecendo. Devemos fazer parte da vida dos nossos filhos - e não apenas 'deixar' que eles façam parte da nossa. Sabe aquele dito 'conversando a gente se entende'? Façamos disto parte de nossa rotina e conversemos mais com nossos filhos.

A terceira, e talvez a mais importante de todas, é amar aos nossos filhos intensamente. Isto não quer dizer enchê-lo de brinquedos caros e levá-los todas as férias para brincar na Disney. Amar nossos filhos intensamente é abraçá-los, beijá-los, garantir-lhes um desenvolvimento saudável e uma boa educação, dentre outras coisas. Uma criança que é amada pelos pais - e que sabe que é - cresce com auto-estima elevada, desenvolve-se feliz, e pronta para amar ao próximo. Precisamos de mais amor no mundo. Vamos começar pelos nossos pequenos. Até porque, eles são o futuro. Quem cresce cercado de amor não é capaz de atrocidades como a que nos horrorizaram ontem.

Uma amiga minha diz que 'ter filho é fácil; difícil é educar.' Ela está coberta de razão. Então, hoje a dica de livro fica para os pais. Coloquei o (autor) Içami Tiba, mas na verdade é só um exemplo de livro. Temos vários livros que nos ajudam nesta difícil tarefa de criar um filho, além de revistar especializadas (eu gosto especialmente da Crescer), sites, etc. Não importa o meio, contanto que o resultado seja válido. Façamos nossa parte!

Um grande beijo para todos

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