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Feliz dia das Mães!!!

Segundo domingo de maio, dia das mães. Não tem jeito: a historinha tem que ser para nós, as mães! Contem a historinha para seus filhos saberem o que vocês sentem, e se não sentirem nada do que eu descrevi, contem a historinha de vocês! Só não deixem de dizer, hoje, aos seus filhos, o quanto os amam.Dedico esta história à minha Mulher Maravilha. Meu exemplo, meu espelho, minha força. A minha mãe. Te amo, mãe!


Feliz dia das Mães!



É um exame estanho. Tiram teu sangue e te fazem esperar um dia inteirinho, com sorte. Sem sorte, você espera dois dias. Daí você pega um resultado. O resultado é um número. Você não entende direito o que aquele número siginifica, lê e relê o exame mil vezes. Vê a legenda, para ter certeza que entendeu. Gonadotrofina coriônica, afinal, é algo de que você nunca tinha ouvido falar até eno. E agora está ali, no seu resultado: beta hcg maior que 50 – está ali o seu número. O seu número da loteria: parabéns, você foi sorteada! Você está grávida!

O que acontece, então, é uma sucessão de encontros e desencontros. Todo dia é uma emoção diferente. Todo dia há uma nova sensação a ser experimentada. Há aqueles dias em que o céu parece mais azul, o sol parece mais brilhante e as flores parecem mais cheirosas. Tudo parece muito mais vivo porque tem uma vida crescendo dentro de você. Mas há aqueles em que levantar da cama parece um sonho distante – seja por enjoo, tonteira ou simplesmente um sono que parece não ter fim.

As semanas demoram a passar. Ao mesmo tempo, passam voando! É tanta coisa para se fazer, tanta coisa para arrumar que parece que o tempo não será suficiente. Dá vontade de parar o relógio. Parar o relógio? Que loucura! No minuto seguinte a vontade é de adiantá-lo, ver logo o fruto da sua espera em seus braços...

E ele chega. Ele. O seu bebê. Menino ou menina. Loiro, negro, pardo, ruivo, índio. Todos são iguais. Todos são perfeitos. Todos são o bebê mais lindo que já houve no mundo – para cada uma de suas mães, certamente são!

Te entregam aquele pacotinho que é mais cueiro e fralda do que gente. 'Taí, é seu!' Inacreditável! É meu, mesmo? Eu vou poder levar para casa? Como que eu vou fazer para cuidar desta mini-pessoinha que me dão nos braços?

Você leva para casa seu pacotinho. São cerca de três quilos de gente. Três quilos! E que mudam a sua vida para sempre. Você agora é uma outra pessoa. Suas horas de sono dependem das dele. Suas refeições dependem das dele. Sua existência depende da dele.

O tempo passa, mas a sensação permanece. A de que sua existência é agora condicionada ao outro. À felicidade do seu filho. À saude do seu filho. À vida do seu filho. Todo o resto parece menos importante quando você está com ele no colo. Não importa se ele tem um mês, um ano, quarenta ou seseenta anos. É ele, seu filho. Um pedaço de você que cresce fora do seu corpo. Um pedaço do seu coração que bate fora do seu peito.

E quanto mais o tempo passa, mais difícil você vê o quanto é ter o coração fora do peito. Se o filho se machuca, a mãe sofre em dobro. Por que eles se machucam? Por que não conseguimos tomar como nossas as suas dores?

Toda mãe é, ao mesmo tempo, frágil e forte. Frágil diante do sofrimento de seus filhos. E eles vão sentir-se frustrados, em algum momento, e sofrerão com isso. É inevitável, faz parte da vida, é o processo natural de amadurecimento. Mas como a mãe sofre com isso... E toda mãe é forte, também, diante do sofrimento de seus filhos. Precisa ser. Não pode dizer que está dilacerada com a sua agonia. Mãe não diz isso. Porque toda mãe é a Mulher Maravilha! Toda mãe tem o poder de dizer 'isto acontece meu filho, faz parte da vida. Mas vai passar!' E passa.

E tudo passa. Só não passa a sensação. A sensação do filho de, a cada tombo, querer correr para o colo da mãe. E são tantos tombos que se levam na vida... Perdemos pessoas queridas, perdemos empregos, perdemos o rumo, ficamos doentes. E a mãe está ali: com os braços abertos e o sorriso acolhedor: 'também isto vai passar.' E a sensação da mãe. Este sentimento de querer ter o filho ali, embaixo de sua saia, para sempre. O querer que ele voe alto, seguro e feliz – e depois retorne para o ninho.

Toda mãe sabe o que é isso. Toda mãe entende os riscos de sua condição – todo filho, em algum momento, vai ser um adolescente. Todo filho, em algum momento, vai achar que não precisa mais de você (poderiam eles estar mais errados, meu, Deus?). Toda mãe continua firme, uma fortaleza de amor, esperando. 'Também isto vai passar...'

E tudo passa, de fato. Só uma coisa não passa. Só uma coisa é imutável em um mundo que muda constantemente: o maior amor do mundo. O amor de mãe!



Para todas as mamães, eu desejo que o dia de hoje seja de uma felicidade ímpar. Para todos os filhos, eu desejo que vocês aproveitem o dia de hoje para curtir, ao máximo, a presença e o amor de suas mães. E para todos aqueles cujas mães já partiram, eu desejo que possam ter um dia de muita luz – e terão, porque vocês tem uma estrela especial, que brilha forte no céu, tomando conta de vocês!



Um grande, enorme beijo para todos.

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