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Arthur, o super-herói

Arthur, o super-herói

No Planeta dos Heróis, quando nascia um super- herói, o Capitão Feliz, chefe de toda aquela heroizada, lançava aos céus uma estrela cadente. E era assim que todas as pessoas, daquele e de todos os planetas à volta, sabiam que mais um herói havia nascido.

Naquela tarde, quando o sol já começava a se por, todos os planetas daquele sistema solar tiveram uma linda surpresa. Tão logo a lua começou a surgir, houve uma chuva de estrelas cadentes. Capitão Feliz estava exultante. Havia nascido a nova geração de super-heróis!

Como sempre acontecia nestas datas, cada herói e cada heróina, assim que nasciam, recebiam um nome, uma função e um planeta. Quando alcançassem a idade certa, iriam para o planeta designado cumprir sua função. Alguns planetas ganhavam um herói, apenas. Estes eram planetas que viviam em paz, onde a função do heróis era apenas a de manter a harmonia. Outros, precisavam de todos os heróis e heroínas disponíveis, para cuidar das pessoas, da fauna, da flora, dos animais... enfim, para cuidar do lugar. Um destes planetas era o Planeta Azul. Neste planeta, vivia uma gente muito bacana, só que não sabiam tratar direito uma porção de coisas. Então, a cada nova leva de heróis, um tanto era designado para cumprir funções no Planeta Azul. E, nesta geração que nascia, não seria diferente.

O Capitão Feliz mandou que viessem à sua presença todos os heróis e heroínas recém-nascidos. Seus pais, ansiosíssimos, aguardavam para saber o destino de seus filhos. O Capitão Feliz começou pelas meninas, por uma questão de gentileza. Nomeou duas Carolinas como as Comandantes de Flores e Borboletas dos Planetas Rosa e Lilás. Suas mães ficaram felicíssimas! Suas filhas iriam acrescentar beleza e graciosidade ao mundo! Em seguida, nomeou uma heroína como Giovana, e disse que ela seria Major-geral da Dança no Planeta Vermelho. Orgulhosa, sua mãe saltitou ao receber a notícia. Ordenou um Victor como Cavaleiro da Ordem dos Ventos, responsável por todos os aviões e helicópteros das redondezas. Consagrou uma Fernanda como Menina-Maravilha, dotada de incríveis poderes e invencível na arte de trazer felicidade às pessoas. E assim foram sendo nomeados, os pequenos heróis, para as mais diferentes funções: tinha Caio, Luíza, Clara, Natália, Pedro, João, Miguel, Marcelo e Marcela, Eduardo e Eduarda, Rafael e Rafaela, Júlio e Júlia, Leonardo, Gabriel, Matheus... Tinha herói e heroína para todo gosto! Os pais ouviam qual seria a função e o planeta de seus filhos e iam saindo da sala. Até que, no final, restaram apenas seis meninos. Seis heróis. Ainda bebês, é verdade, mas heróis ainda assim. Todos os outros bebês já tinham função e planeta, menos eles. Os pais, curiosos, queriam logo saber qual seria o seu destino. O Capitão Feliz olhava, mudo, para aqueles bebês. Seu rosto estava sério. Até que começou a falar.

- Estes bebês, os últimos desta leva de heróis, desenvolverão uma função única, extremamente necessária. Todos levarão o mesmo nome, e todos irão para o mesmo planeta. Eu os nomeio Arthur, e todos irão para o Planeta Azul.

Os pais se entreolharam, sem saber o que pensar. Até que um deles quebrou o silêncio e questionou a ordem.

- Capitão, eles foram nomeados, e o senhor os designou para o Planeta Azul. Mas qual sua aptidão? Não terão patente? Não terão função?


- Terão todas as aptidões necessárias para desempenhar sua função. E serão apenas Arthur, os super-heróis. Crescerão cercados de carinhos e, quando chegar o momento certo, saberão qual e como exercer sua função.

Os pais pareciam confusos, mas obedeceram as ordens dadas. E assim foi feito. Os bebês cresceram e, na hora determinada, cada qual foi enviado para o Planeta designado. Os seis Arthur foram mandandos para o Planeta Azul. A partir daquele dia, cada um seria Arthur, o super-herói. E todos teriam a mesma trajetória e função. E por isso, daqui em diante, a história será de Arthur, o super-herói, como se fosse apenas um – embora, na verdade, sejam seis.

Arthur crescia, como havia sido destinado, cercado de carinhos. Seus pais o cobriam de beijos, contavam-lhe histórias, levavam-no ao parque, brincavam com ele o tempo todo. Ele sabia que era amado. Muito amado. E retribuía este amor. Era extremamente levado, fazia bagunça o tempo inteirinho, não dava sossego a quem estivesse tomando conta dele! Mas era tão carinhoso que todos se derretiam por ele.

O Planeta Azul, por sua vez, também crescia. Cada vez nascia mais gente. E nascia todo tipo de gente. Nasciam os que adoravam e cuidavam dos animais. Nasciam alguns que protegiam as plantinhas. Nasciam outros que se preocupavam com as outras pessoas. Mas, para cada um destes que nascia, nasciam muitos outros que maltratavam os animais, destruíam as plantas, humilhavam as pessoas. E, como eram em maior número, em pouco tempo começaram a haver guerras no Planeta Azul. Discutiam por tudo. Cada um se achava dotado de razão. Cada um tinha seu ponto de vista e queria fazê-lo prevalecer. A vida no Planeta Azul foi ficando bastante triste.

Passados alguns anos, o Planeta Azul, aos poucos, foi deixando de ser azul. Os verdes de suas florestas já quase não existiam. Seus mares e rios estavam poluídos, e algumas pessoas já não tinham mais acesso à agua. Os animais eram usados como experiência em laboratórios. As pessoas tornaram-se agressivas. O Planeta Azul tornara-se cinza.

E foi nesta hora, em que o Planeta Azul padecia, que Arthur, o super-herói, descobriu sua função. Arthur assitia a tudo o que acontecia em seu planeta e, assustado, sabia que deveria usar seus poderes para salvá-lo. Começou pelos animais. Sempre que via um bicho, fazia-lhe um carinho. Seus pais não entendiam como alguém podia gostar tanto de cachorro e de gato e de vaca e de cavalo e tudo quanto fosse bicho que houvesse, mas ele gostava. E, quanto mais carinho ele fazia nos animais, mais carinhosos eles se tornavam.

Em seguida, Arthur, o super-herói, começou a cuidar das plantas. Não deixava que ninguém arrancasse uma flor – a não ser que fosse para presentear alguém muito querido - , não permitia que destruíssem uma única árvore. Em retribuição, as flores começaram a exalar um perfume ainda mais gostoso, e as árvores começaram a se espalhar pelos quatro cantos. Depois de algum tempo, voltou-se a se enxergar o verde no Planeta Azul.

Finalmente, Arthur, o super-herói, voltou sua atenção para as pessoas. Pedia-lhes que não discutissem por bobagens, que se tornassem mais carinhosas umas com as outras. Pediu-lhes que cuidassem das flores, das plantas, dos animais e de toda vida que existisse no planeta. Desta vez, no entanto, Arthur, o super-herói, não teve o sucesso que esperava.

Algumas pessoas o escutavam, e faziam o que ele dizia. Mas muitas outras não queriam ouvir o que nosso herói tinha a dizer. Continuavam a ser agressivas, maldosas, a maltratar os animais, as plantas e umas às outras.

Arthur, o super-herói, não desistia, porque um super-herói não desiste jamais! Continuava na sua missão de tentar mudar as pessoas. Era difícil, ele sabia. Mas sentia-se feliz quando via uma pessoa plantando uma árvore, cuidando de um cachorro, sendo gentil com um estranho. Sabia que estava conseguindo, aos poucos, cumprir sua missão.

Ah, você não entendeu qual era a função do nosso herói? Sua função era de trazer amor para todos os que estivessem ao seu alcance. E, se você também quiser ser um herói ou uma heroína de verdade, é muito fácil! Seja como o Arthur. Trate com carinho e cuidado todos as plantinhas e bichinhos que cruzarem seu caminho. E leve amor, muito amor, para todas as pessoas que estiverem à sua volta!


6 comentários:

Thaty Ulm disse...

Dadá, amei!!!!!!!!!!!!! Depois quero contar as histórinhas que inventei e conto pra todas as criancinhas da minha vida. Elas amam!!!!!!!!!!!!!!!
Parabéns!!!!!!!!!!!!!!

Dadá disse...

Thaty, me manda que eu posto aqui! Você vai ver que delícia repartir nossas historinhas com todas as crianças!!!

Mil beijos

Elaine disse...

Amei, tenho um pequeno Chamado Arthur, amamos a histórinha, meu pequeno é filho do primo(Anderson) do seu primo(Paulinho)..rsrs... Obrigada pelas histórinhas, amamos ler!!! Bjs Elaine, Arthur e Anderson.

Dadá disse...

Que bom que vocês gostaram! Há anos que não tenho notícias do Anderson! Quando éramos pequenos, sempre que eu ia visitar o Paulinho nos encontrávamos. Fiquei feliz de saber que ele já tem uma família! :-)

Beijos para os 3, em especial para o super-herói da casa!!!

Mila disse...

Ai Dada!! Vou ficar repetitiva, mas amei essa tambem!! Essa eh mais do que especial pra mim!! Obrigada pelas historinhas e pelo carinho de sempre!
Meu super-heroi manda beijos pra voce e pro amigo dele de profissao!!
beijos

TECA ,OU TÉ disse...

Amei a história!
Minha filha fico orgulhosa de ver o qto vc se preocupa em passar boas mensagens de amor.
Te amo muito filha querida!
bjs
Teca

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