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Os músicos de Bremen



Era uma vez um cão que sabia caçar coelhos como ninguém. Seu dono era
muito exigente.
Quando o cão ficou velho, seu dono achou que ele não serviria mais para
nada.
Levou o cão para uma floresta e o abandonou lá. O pobrezinho ficou
apavorado. Aí, apareceu um burro muito triste, que contou que apanhava
muito de seu dono e por isso tinha fugido de casa.
Tornaram-se amigos e logo começaram a falar de música. O cão tocava
tambor e o burro, flauta. Resolveram ir para cidade de Bremen, onde
havia uma orquestra municipal.
Adiante, encontraram um gato chorando. o gato contou que a sua dona o
tratava muito mal e por isso tinha fugido de casa.
O cão e o burro convidaram o gato para ir com eles para Bremen.
Muito feliz, o gato que sabia tocar trombeta, juntou-se ao grupo.
De repente, encontraram um galo. Ele contou que estava escalado para ir
para a panela. Como tinha uma voz boa, todos concordaram que ele poderia ser
o vocalista.
Ao cair da noite, aproximaram-se de uma casinha que tinham visto ao
longe no meio da floresta.
Chegando mais perto, ouviram umas vozes vindas de dentro da casa.
O gato foi escutar através de uma abertura na janela. Voltou e disse:
– Puxa! Quatro ladrões se escondem nesta casa. Então, eles armaram
um plano para expulsar os ladrões dacasa.
Um saltou nas costas do outro: o cão subiu no burro, o gato ficou nas
costas do cachorro e o galo, em cima do gato.
Assim, eles pareciam uma figura monstruosa, que dava medo. Então, foram
em direção a casa, gritando, todos ao mesmo tempo.
Os ladrões levaram um tremendo susto. Achando que o monstro atacara a
casa e saíram correndo. Então, tomaram posse da casa e dormiram
tranqüilos a noite toda.
Na manhã seguinte, fizeram um bom café, pois conseguiram encontrar tudo
nas vizinhanças. E resolveram passar o dia ali. No outro também. Então
eles conversaram e decidiram formar uma orquestra ali mesmo, na
floresta, longe de Bremen. E viveram muito felizes assim.

1 comentários:

carol disse...

Realmente a idéia original é ótima, mas o texto do Chico Buarque
éimbatível, né?

Letícia

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